De agenciamentos programáticos outros na metrópole: uma abordagem “maquínica” dos processos de reterritorialização urbana
E se a força do objeto arquitetônico estivesse concentrada nas estratégias programáticas e espaciais engendradas a serviço de “habitabilidades” e sociabilidades por vir, e não na construção de “monumemorializantes” gadgets arquitetônicos? A partir do phylum “maquínico” deleuziano [do filósofo Gilles...
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Teanga: | por |
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Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.
2013
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Rochtain Ar Líne: | https://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/80925 |
Clibeanna: |
Cuir Clib Leis
Gan Chlibeanna, Bí ar an gcéad duine leis an taifead seo a chlibeáil!
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Achoimre: | E se a força do objeto arquitetônico estivesse concentrada nas estratégias programáticas e espaciais engendradas a serviço de “habitabilidades” e sociabilidades por vir, e não na construção de “monumemorializantes” gadgets arquitetônicos? A partir do phylum “maquínico” deleuziano [do filósofo Gilles Deleuze] e de conceitos associados a ele, como “Liame” e “Agenciamento”; da abordagem lacaniana [do psicanalista Jacques Lacan] do conceito de gadget; e do conceito derridiano [do filósofo Jacques Derrida] de Suplemento”, tratar-se-á de um deslocamento dos sentidos e representações mais correntes dos projetos urbanos arquitetônicos contemporâneos, historicamente associados à notável (e o desejo de ser notado) materialização formal-compositiva do objeto artístico, a serviço de sociabilidades programadas, em direção a uma conceituação outra. A construção de suportes arquitetônicos, a partir de residuais (para Deleuze, a possibilidade da produção de desejos outros, distantes da lógica capitalista dominante, está no resíduo, nos fluxos residuais produzidos pelo próprio capital) “agenciamentos” programáticos e espaciais, surge como uma via de crítica ao imperativo categórico da lógica global generalizante. Uma lógica baseada em paisagens a-territoriais, concentrada em investimentos no ótico compositivo, e intencionais aprisionamentos espaciais e programáticos em fórmulas familiares oriundas de um pensamento “prêt-à-utiliser”, domesticado e normatizado. Pensar agenciamentos espaciais e programáticos outros em Arquitetura, provenientes de resíduos e fluxos que, ao mesmo tempo, nascem e escapam à lógica global, é apostar na chance do acontecimento de sociabilidades não programadas. Pensar não mais apenas a Arquitetura como um objeto formal em sua dimensão artístico-paradigmática seria, então, concebê-la como uma máquina sintagmática urbana de potência [des]estruturante, a partir de agenciamentos programáticos e espaciais des e reterritorializantes. |
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