Desenhando territórios: a cartografia de Cândido Mendes e o “Nordeste” brasileiro do século XIX
Em meados do século XIX, a articulação sistematizada do território da nação brasileira foi formulada como ponto-chave para a estruturação da economia e da sociedade modernas. Esse intento ultrapassava as antigas demandas de controle geopolítico e encontrou nas estiagens prolongadas nas “províncias d...
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Formato: | Online |
Idioma: | por |
Publicado em: |
ANPUR
2011
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Acesso em linha: | https://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/396 |
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Resumo: | Em meados do século XIX, a articulação sistematizada do território da nação brasileira foi formulada como ponto-chave para a estruturação da economia e da sociedade modernas. Esse intento ultrapassava as antigas demandas de controle geopolítico e encontrou nas estiagens prolongadas nas “províncias do norte” um sério problema. Falar de nova estrutura territorial pressupõe indagar: que conhecimentos e informações iconográficas sobre o território em reorganização tinham aqueles que adentraram no “Brasil desconhecido”? Discutir pertinências e limites do uso das fontes cartográficas como documentos que permitam compreender as ações sistematizadas sobre o território nordestino é o objetivo deste artigo. Para tanto, privilegiar-se-á o “Atlas do Império do Brazil”, organizado por Cândido Mendes de Almeida, em 1868, com ênfase nas províncias mais atingidas pelas secas: CE, RN, PE e PB. O Atlas é lido assim dentro da trama de relações da formação da cultura técnica moderna no Brasil e, mais especificamente, dos processos que levariam à definição da região Nordeste. |
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