Técnica, arte e questões fundamentais da existência. Considerações sobre o discurso de Paulo Mendes da Rocha

O enfoque deste documento tem como escopo discutir a relevância da técnica e da arte no discurso na arquitetura de Paulo Mendes da Rocha. Examina os textos do arquiteto comprometido com a práxis e discute “técnica” à luz da importância que assume na configuração da arquitetura e de sua dependência a...

Cur síos iomlán

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Sonraí Bibleagrafaíochta
Príomhúdar: Villac, Maria Isabel
Formáid: Online
Teanga:por
eng
Foilsithe: Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. 2016
Rochtain Ar Líne:https://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/110531
Clibeanna: Cuir Clib Leis
Gan Chlibeanna, Bí ar an gcéad duine leis an taifead seo a chlibeáil!
Cur Síos
Achoimre:O enfoque deste documento tem como escopo discutir a relevância da técnica e da arte no discurso na arquitetura de Paulo Mendes da Rocha. Examina os textos do arquiteto comprometido com a práxis e discute “técnica” à luz da importância que assume na configuração da arquitetura e de sua dependência a um programa de vida inerente à humanidade. A dimensão da “arte”, por sua vez, integrada à vida, é observada como a que garante a condição sempre inaugural da obra e o prolongamento de características inerentes aos processos ordinários do cotidiano. A argumentação do texto se faz a partir das palavras do arquiteto – considerados as memórias de projeto, as aulas ministradas, os depoimentos e as entrevistas publicadas. Defende a posição que as especulações e o sentido ético que revela o discurso são integrantes de um “corpo de conhecimentos” inerente ao “modus operandi” do Projeto. Para os que conhecem ou se aproximam da obra, o acolhimento das palavras do arquiteto explicita que o saber da arquitetura está na discussão de um horizonte que implica o sujeito, o gênero humano e o mundo que constrói. Este arco intencional, que se revela no traço individual da obra, se ampara na racionalidade e ensina que a espacialidade é uma condição e um valor da vida, um discurso e uma ação histórica interdependentes à sensibilidade artística da natureza humana. Na arquitetura de Paulo Mendes da Rocha, que aspira ser a expressão da objetividade como designação “radical” da técnica, é no retroceder aos textos do arquiteto comprometido com a práxis e envolvido diretamente com a produção dos sentidos da arquitetura, que o discurso revela que: na “naturalidade inclusiva” da dimensão estética se instaura a mediação entre desejo e experiência e que são os impulsos e sentidos do ser humano que organizam o fundamento de racionalidade e conhecimento.