Os córregos ocultos e a rede de espaços públicos urbanos
Salvo poucos casos, a hidrografia de nossas cidades não está vinculada a parques ou, genericamente falando, às áreas verdes. A regra, até hoje, é a sobreposição pura e simples, sem a intermediação de áreas verdes, do sistema viário ao sistema hidrográfico. O plano diretor estratégico de 2002, para o...
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Format: | Online |
Language: | por |
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Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.
2004
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Online Access: | https://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/43387 |
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Summary: | Salvo poucos casos, a hidrografia de nossas cidades não está vinculada a parques ou, genericamente falando, às áreas verdes. A regra, até hoje, é a sobreposição pura e simples, sem a intermediação de áreas verdes, do sistema viário ao sistema hidrográfico. O plano diretor estratégico de 2002, para o município de São Paulo, propõe a correção do modelo usual para os vales que ainda não foram impermeabilizados por avenidas. Sobre esses vales, que compõem a chamada "Rede Hídrica Estrutural", estariam apoiados parques lineares. Cumpre, no entanto, estender esse conceito à "rede hidrográfica capilar". Trata-se de pequenos cursos d'água, a maioria ocultos, cujos únicos vestígios são becos e vielas resultantes de sua canalização e enterramento. Fazer aflorar, se não os córregos propriamente ditos, ao menos sua memória, é um trabalho necessário e possível. Além dos efeitos pedagógicos de trazer à consciência dos habitantes da cidade sua base natural recalcada, pequenas intervenções nessas áreas poderiam recuperar vielas, ruas e becos, hoje escuros, sujos e desertos, integrando-os à paisagem urbana. |
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