Os córregos ocultos e a rede de espaços públicos urbanos

Salvo poucos casos, a hidrografia de nossas cidades não está vinculada a parques ou, genericamente falando, às áreas verdes. A regra, até hoje, é a sobreposição pura e simples, sem a intermediação de áreas verdes, do sistema viário ao sistema hidrográfico. O plano diretor estratégico de 2002, para o...

ver descrição completa

Na minha lista:
Detalhes bibliográficos
Autor principal: Bartalini, Vladimir
Formato: Online
Idioma:por
Publicado em: Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. 2004
Acesso em linha:https://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/43387
Tags: Adicionar Tag
Sem tags, seja o primeiro a adicionar uma tag!
id oai:revistas.usp.br:article-43387
record_format ojs
spelling oai:revistas.usp.br:article-433872020-03-11T16:46:53Z Os córregos ocultos e a rede de espaços públicos urbanos Bartalini, Vladimir Hydrological net urban landscape hiddens water streams Rede hidrográfica cursos d´água ocultos paisagem urbana Salvo poucos casos, a hidrografia de nossas cidades não está vinculada a parques ou, genericamente falando, às áreas verdes. A regra, até hoje, é a sobreposição pura e simples, sem a intermediação de áreas verdes, do sistema viário ao sistema hidrográfico. O plano diretor estratégico de 2002, para o município de São Paulo, propõe a correção do modelo usual para os vales que ainda não foram impermeabilizados por avenidas. Sobre esses vales, que compõem a chamada "Rede Hídrica Estrutural", estariam apoiados parques lineares. Cumpre, no entanto, estender esse conceito à "rede hidrográfica capilar". Trata-se de pequenos cursos d'água, a maioria ocultos, cujos únicos vestígios são becos e vielas resultantes de sua canalização e enterramento. Fazer aflorar, se não os córregos propriamente ditos, ao menos sua memória, é um trabalho necessário e possível. Além dos efeitos pedagógicos de trazer à consciência dos habitantes da cidade sua base natural recalcada, pequenas intervenções nessas áreas poderiam recuperar vielas, ruas e becos, hoje escuros, sujos e desertos, integrando-os à paisagem urbana. Excepting a few cases, the hydrological net of ours cities is not linked to parks or green areas, but to avenues built over, or as close as possible, the rivers. The Master Plan for São Paulo, published in 2002, intends to correct the old model in the not yet impermeable valleys. On these valleys, that form the so called "Structural Hydrological Net", parks would be set. But it lacks to extend this concept to the "capillary hydrological net", formed by little streams, most of them hidden. Their only vestiges are narrow passages, or lanes, under which they were buried. To bring back, if not the streams themselves, but at least their memory, is something necessary and possible. Besides the pedagogical effects of bringing to concious the kept back natural basis of the city, small works in these areas could provide the rehabilitation of the lanes and narrow streets, that are dark, dirty and desert, and integrate them to the townscape. Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. 2004-12-01 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf https://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/43387 10.11606/issn.2317-2762.v0i16p82-96 Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP; n. 16 (2004); 82-96 Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP; No. 16 (2004); 82-96 Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP; Núm. 16 (2004); 82-96 2317-2762 1518-9554 por https://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/43387/47009 Copyright (c) 2004 Vladimir Bartalini
institution Universidade de São Paulo
collection OJS
language por
format Online
author Bartalini, Vladimir
spellingShingle Bartalini, Vladimir
Os córregos ocultos e a rede de espaços públicos urbanos
author_facet Bartalini, Vladimir
author_sort Bartalini, Vladimir
title Os córregos ocultos e a rede de espaços públicos urbanos
title_short Os córregos ocultos e a rede de espaços públicos urbanos
title_full Os córregos ocultos e a rede de espaços públicos urbanos
title_fullStr Os córregos ocultos e a rede de espaços públicos urbanos
title_full_unstemmed Os córregos ocultos e a rede de espaços públicos urbanos
title_sort os córregos ocultos e a rede de espaços públicos urbanos
description Salvo poucos casos, a hidrografia de nossas cidades não está vinculada a parques ou, genericamente falando, às áreas verdes. A regra, até hoje, é a sobreposição pura e simples, sem a intermediação de áreas verdes, do sistema viário ao sistema hidrográfico. O plano diretor estratégico de 2002, para o município de São Paulo, propõe a correção do modelo usual para os vales que ainda não foram impermeabilizados por avenidas. Sobre esses vales, que compõem a chamada "Rede Hídrica Estrutural", estariam apoiados parques lineares. Cumpre, no entanto, estender esse conceito à "rede hidrográfica capilar". Trata-se de pequenos cursos d'água, a maioria ocultos, cujos únicos vestígios são becos e vielas resultantes de sua canalização e enterramento. Fazer aflorar, se não os córregos propriamente ditos, ao menos sua memória, é um trabalho necessário e possível. Além dos efeitos pedagógicos de trazer à consciência dos habitantes da cidade sua base natural recalcada, pequenas intervenções nessas áreas poderiam recuperar vielas, ruas e becos, hoje escuros, sujos e desertos, integrando-os à paisagem urbana.
publisher Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.
publishDate 2004
url https://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/43387
work_keys_str_mv AT bartalinivladimir oscorregosocultosearededeespacospublicosurbanos
_version_ 1709643971992485888