[N]
O presente artigo é um convite para se pensar sobre a crise do projeto como criação autônoma, que foi da prática heróica do movimento moderno à estetização formalista de muito da produção contemporânea que circula nos meios profissionais, acadêmicos e da imprensa especializada. A prática e o pensame...
में बचाया:
| मुख्य लेखक: | |
|---|---|
| स्वरूप: | Online |
| भाषा: | por |
| प्रकाशित: |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.
2002
|
| ऑनलाइन पहुंच: | https://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/47531 |
| टैग : |
टैग जोड़ें
कोई टैग नहीं, इस रिकॉर्ड को टैग करने वाले पहले व्यक्ति बनें!
|
| id |
oai:revistas.usp.br:article-47531 |
|---|---|
| record_format |
ojs |
| institution |
Universidade de São Paulo |
| collection |
OJS |
| language |
por |
| format |
Online |
| author |
Lima, Zeuler R. M. A. |
| spellingShingle |
Lima, Zeuler R. M. A. [N] |
| author_facet |
Lima, Zeuler R. M. A. |
| author_sort |
Lima, Zeuler R. M. A. |
| title |
[N] |
| title_short |
[N] |
| title_full |
[N] |
| title_fullStr |
[N] |
| title_full_unstemmed |
[N] |
| title_sort |
[n] |
| description |
O presente artigo é um convite para se pensar sobre a crise do projeto como criação autônoma, que foi da prática heróica do movimento moderno à estetização formalista de muito da produção contemporânea que circula nos meios profissionais, acadêmicos e da imprensa especializada. A prática e o pensamento da arquitetura contemporânea continuam a enfrentar os problemas decorrentes da crise da modernidade, agora segundo parâmetros voltados ao mercado de consumo globalizante. A experimentação projetual que, no modernismo, tratava criticamente de questões de ordem social e estética foi se esvaziando e se contradizendo como resposta a um projeto utópico de caráter coletivo e inserido na esfera pública. A experimentação deu lugar a práticas de valorização simbólica da arquitetura como meio de diferenciação e desigualdade social. Se, por um lado, a crítica ao modernismo mostrou as limitações de suas premissas utópicas, por outro lado, a tradução inapropriada de teorias pós-modernas e desconstrutivas para o âmbito da arquitetura forneceu argumentos que acabaram sendo cooptados pela prática de modernização capitalista que ele visava a questionar. Esse paradoxo impõe à arquitetura, como disciplina e como prática, um novo desafio em um novo contexto econômico, social e cultural. O desafio diz respeito à revisão do projeto como representação abstrata do espaço externo a situações do mundo vivido. Isso significa repensar o exercício projetual como processo de tradução de conflitos e não simplesmente da produção de objetos estéticos voltados para si próprios. A conjuntura e as disjunturas do mundo contemporâneo são distintas das vanguardas modernistas do início do século 20. Se o projeto ainda tem possibilidade de se desenvolver criticamente, ele deve passar pela consideração das relações complexas de ordem social, econômica, cultural e política. Um dos principais desafios que se colocam ao arquiteto nessa trajetória é a necessidade de se reelaborarem sua compreensão dos imaginários sociais que se representam no espaço construído, considerando o presente e o cotidiano como partes constituintes da articulação do passado e da possibilidade de projeções de futuro. |
| publisher |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. |
| publishDate |
2002 |
| url |
https://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/47531 |
| work_keys_str_mv |
AT limazeulerrma n AT limazeulerrma oprojetocomopraticacriticarepensaropossiveleopresente |
| _version_ |
1709644008189329408 |
| spelling |
oai:revistas.usp.br:article-475312020-03-17T16:51:04Z [N] O projeto como prática crítica: repensar o possível e o presente. Lima, Zeuler R. M. A. Projeto prática revisão crítica arquitetura contemporânea modernidade modernismo O presente artigo é um convite para se pensar sobre a crise do projeto como criação autônoma, que foi da prática heróica do movimento moderno à estetização formalista de muito da produção contemporânea que circula nos meios profissionais, acadêmicos e da imprensa especializada. A prática e o pensamento da arquitetura contemporânea continuam a enfrentar os problemas decorrentes da crise da modernidade, agora segundo parâmetros voltados ao mercado de consumo globalizante. A experimentação projetual que, no modernismo, tratava criticamente de questões de ordem social e estética foi se esvaziando e se contradizendo como resposta a um projeto utópico de caráter coletivo e inserido na esfera pública. A experimentação deu lugar a práticas de valorização simbólica da arquitetura como meio de diferenciação e desigualdade social. Se, por um lado, a crítica ao modernismo mostrou as limitações de suas premissas utópicas, por outro lado, a tradução inapropriada de teorias pós-modernas e desconstrutivas para o âmbito da arquitetura forneceu argumentos que acabaram sendo cooptados pela prática de modernização capitalista que ele visava a questionar. Esse paradoxo impõe à arquitetura, como disciplina e como prática, um novo desafio em um novo contexto econômico, social e cultural. O desafio diz respeito à revisão do projeto como representação abstrata do espaço externo a situações do mundo vivido. Isso significa repensar o exercício projetual como processo de tradução de conflitos e não simplesmente da produção de objetos estéticos voltados para si próprios. A conjuntura e as disjunturas do mundo contemporâneo são distintas das vanguardas modernistas do início do século 20. Se o projeto ainda tem possibilidade de se desenvolver criticamente, ele deve passar pela consideração das relações complexas de ordem social, econômica, cultural e política. Um dos principais desafios que se colocam ao arquiteto nessa trajetória é a necessidade de se reelaborarem sua compreensão dos imaginários sociais que se representam no espaço construído, considerando o presente e o cotidiano como partes constituintes da articulação do passado e da possibilidade de projeções de futuro. This article is an invitation to reflect on the crisis of design as the practice of autonomous creation. This assessment to design was central to the heroic practice of the modern movement, and it now supports the formalist aestheticization of mainstream architectural production that circulates in most of the specialized press and in academic and professional circles. The practice and thinking of contemporary architecture continue to face the problems of the crisis of modernity, which currently follows the parameters dictated by globalizing markets and consumption. Experimentation in early modernist design attempted to address both aesthetic and social issues critically and in an integrated manner. However, this effort lost its strength in response to a utopian and collective project inserted in the public sphere. As a result, experimentation contradictorily yielded to the consideration of architecture as a symbolic means of social differentiation and inequity. On the one hand, the critique of modernism showed the limitations and pitfalls of its utopian premises. On the other hand, the inapropriate translation of postmodern and deconstructive theories into architecture provided arguments that were coopted by the same practice of capitalist modernization that they intended to call into question. This paradoxical situation presents a new challenge to architecture as discipline and practice in a new social, economic and cultural context. The question is to revise the conception of design as an abstract representation of space, which is external to life world situations. This means to rethink design as a process of translation of conflicts and not merely as the production of aesthetic objects in themselves. The conjuncture and disjunctures of the contemporary world are different from those of the modernist avant-gardes in the beginning of the 20th century. If design today still has any critical potential, it must take into consideration the complex relationships among different social, economic, cultural and political agents and conditions. One of the main challenges to designers is the need to reelaborate their understanding of the social imaginaries that are spatialized in architecture and in the city, considering them concretely through everyday life and the present as constituent elements of the articulation between the legacies of the past and the possibilities for the future. Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. 2002-06-20 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf https://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/47531 10.11606/issn.2317-2762.v11i0p90-101 Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP; v. 11 (2002); 90-101 Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP; Vol. 11 (2002); 90-101 Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP; Vol. 11 (2002); 90-101 2317-2762 1518-9554 por https://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/47531/51259 Copyright (c) 2002 Zeuler R. M. A. Lima |