PROJETOS DE ARQUITETURA: A APRENDIZAGEM COTIDIANA EM ESCRITÓRIOS E A RELAÇÃO COM A GESTÃO
Este artigo aborda o cotidiano da produção de projetos arquitetônicos. Tem por objetivo desvelar como as pessoas aprendem a fazer/elaborar projetos de arquitetura na prática. Para isso, relaciona duas abordagens antropológicas à aprendizagem de fazer projetos: a “aprendizagem situada”, de Jean Lave;...
Zapisane w:
| 1. autor: | |
|---|---|
| Format: | Online |
| Język: | por |
| Wydane: |
Universidade de São Paulo. Instituto de Arquitetura e Urbanismo
2015
|
| Dostęp online: | https://www.revistas.usp.br/gestaodeprojetos/article/view/89992 |
| Etykiety: |
Dodaj etykietę
Nie ma etykietki, Dołącz pierwszą etykiete!
|
| id |
oai:revistas.usp.br:article-89992 |
|---|---|
| record_format |
ojs |
| spelling |
oai:revistas.usp.br:article-899922020-07-06T02:01:11Z PROJETOS DE ARQUITETURA: A APRENDIZAGEM COTIDIANA EM ESCRITÓRIOS E A RELAÇÃO COM A GESTÃO Correa, Glaucinei Rodrigues Projetos de arquitetura. Aprendizagem. Gestão de projetos. Este artigo aborda o cotidiano da produção de projetos arquitetônicos. Tem por objetivo desvelar como as pessoas aprendem a fazer/elaborar projetos de arquitetura na prática. Para isso, relaciona duas abordagens antropológicas à aprendizagem de fazer projetos: a “aprendizagem situada”, de Jean Lave; e a “constituição da habilidade”, de Tim Ingold. O foco do estudo da aprendizagem proposto centra-se nas práticas que levam o iniciante a compreender o processo a partir das relações com outros aprendizes e com profissionais mais experientes. A pesquisa foi realizada em dois escritórios de arquitetura, compreendendo a análise dos sistemas de gestão de projetos, para esclarecer o funcionamento dos escritórios, a observação cotidiana da produção de projetos, para perceber as práticas do dia a dia e a participação das pessoas no projeto, além de entrevistas, com a finalidade de buscar informações não percebidas na observação e de mostrar como as questões relativas à produção de projetos eram vistas pelas pessoas envolvidas no processo. Como resultados, percebe-se que no cotidiano de trabalho dos escritórios de arquitetura há múltiplas situações que promovem a aprendizagem e que os arquitetos aprendem a partir de práticas específicas a esses ambientes, como a manipulação de modelos (arquivos-referência), a validação/avaliação do projeto (“canetadas”) e a participação nas reuniões de crítica ao projeto. Entre essas práticas, a repetição, a observação e a relação entre pares fundamentam todo o processo de aprendizagem. Destaca-se que o acesso e a participação regulam as práticas cotidianas da aprendizagem do processo de fazer projetos arquitetônicos e que aquilo que se vê no dia a dia reflete a integração e a interação entre as pessoas: são processos de aprendizagem, e não de ensino. Essas práticas ratificam a ideia de que aprender a projetar é uma atividade complexa, de que a aprendizagem é um processo de mudança das práticas e das pessoas, de que aprender é uma atividade mais relacional do que individual e de que as habilidades dos arquitetos são constituídas nesses ambientes, não tendo, portanto, nada de inato. Os processos e os procedimentos da gestão de projetos, além de regularem e de padronizarem o controle do processo de desenvolvimento de projetos, colaboram para que as pessoas aprendam nesses ambientes. Universidade de São Paulo. Instituto de Arquitetura e Urbanismo 2015-02-03 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Avaliado Por Pares Peer Reviewed Evaluado por Pares application/pdf https://www.revistas.usp.br/gestaodeprojetos/article/view/89992 10.11606/gtp.v9i1.89992 Gestão & Tecnologia de Projetos; v. 9 n. 1 (2014); 63-88 Gestão & Tecnologia de Projetos (Design Management and Technology); Vol. 9 No. 1 (2014); 63-88 Gestão & Tecnologia de Projetos (Gestión y tecnología de proyectos); Vol. 9 Núm. 1 (2014); 63-88 1981-1543 por https://www.revistas.usp.br/gestaodeprojetos/article/view/89992/92777 Copyright (c) 2015 Glaucinei Rodrigues Correa |
| institution |
Universidade de São Paulo |
| collection |
OJS |
| language |
por |
| format |
Online |
| author |
Correa, Glaucinei Rodrigues |
| spellingShingle |
Correa, Glaucinei Rodrigues PROJETOS DE ARQUITETURA: A APRENDIZAGEM COTIDIANA EM ESCRITÓRIOS E A RELAÇÃO COM A GESTÃO |
| author_facet |
Correa, Glaucinei Rodrigues |
| author_sort |
Correa, Glaucinei Rodrigues |
| title |
PROJETOS DE ARQUITETURA: A APRENDIZAGEM COTIDIANA EM ESCRITÓRIOS E A RELAÇÃO COM A GESTÃO |
| title_short |
PROJETOS DE ARQUITETURA: A APRENDIZAGEM COTIDIANA EM ESCRITÓRIOS E A RELAÇÃO COM A GESTÃO |
| title_full |
PROJETOS DE ARQUITETURA: A APRENDIZAGEM COTIDIANA EM ESCRITÓRIOS E A RELAÇÃO COM A GESTÃO |
| title_fullStr |
PROJETOS DE ARQUITETURA: A APRENDIZAGEM COTIDIANA EM ESCRITÓRIOS E A RELAÇÃO COM A GESTÃO |
| title_full_unstemmed |
PROJETOS DE ARQUITETURA: A APRENDIZAGEM COTIDIANA EM ESCRITÓRIOS E A RELAÇÃO COM A GESTÃO |
| title_sort |
projetos de arquitetura: a aprendizagem cotidiana em escritórios e a relação com a gestão |
| description |
Este artigo aborda o cotidiano da produção de projetos arquitetônicos. Tem por objetivo desvelar como as pessoas aprendem a fazer/elaborar projetos de arquitetura na prática. Para isso, relaciona duas abordagens antropológicas à aprendizagem de fazer projetos: a “aprendizagem situada”, de Jean Lave; e a “constituição da habilidade”, de Tim Ingold. O foco do estudo da aprendizagem proposto centra-se nas práticas que levam o iniciante a compreender o processo a partir das relações com outros aprendizes e com profissionais mais experientes. A pesquisa foi realizada em dois escritórios de arquitetura, compreendendo a análise dos sistemas de gestão de projetos, para esclarecer o funcionamento dos escritórios, a observação cotidiana da produção de projetos, para perceber as práticas do dia a dia e a participação das pessoas no projeto, além de entrevistas, com a finalidade de buscar informações não percebidas na observação e de mostrar como as questões relativas à produção de projetos eram vistas pelas pessoas envolvidas no processo. Como resultados, percebe-se que no cotidiano de trabalho dos escritórios de arquitetura há múltiplas situações que promovem a aprendizagem e que os arquitetos aprendem a partir de práticas específicas a esses ambientes, como a manipulação de modelos (arquivos-referência), a validação/avaliação do projeto (“canetadas”) e a participação nas reuniões de crítica ao projeto. Entre essas práticas, a repetição, a observação e a relação entre pares fundamentam todo o processo de aprendizagem. Destaca-se que o acesso e a participação regulam as práticas cotidianas da aprendizagem do processo de fazer projetos arquitetônicos e que aquilo que se vê no dia a dia reflete a integração e a interação entre as pessoas: são processos de aprendizagem, e não de ensino. Essas práticas ratificam a ideia de que aprender a projetar é uma atividade complexa, de que a aprendizagem é um processo de mudança das práticas e das pessoas, de que aprender é uma atividade mais relacional do que individual e de que as habilidades dos arquitetos são constituídas nesses ambientes, não tendo, portanto, nada de inato. Os processos e os procedimentos da gestão de projetos, além de regularem e de padronizarem o controle do processo de desenvolvimento de projetos, colaboram para que as pessoas aprendam nesses ambientes. |
| publisher |
Universidade de São Paulo. Instituto de Arquitetura e Urbanismo |
| publishDate |
2015 |
| url |
https://www.revistas.usp.br/gestaodeprojetos/article/view/89992 |
| work_keys_str_mv |
AT correaglaucineirodrigues projetosdearquiteturaaaprendizagemcotidianaemescritoriosearelacaocomagestao |
| _version_ |
1709646058810769408 |