Sobre o vazio: as esquinas Cerdà, os bulevares parisienses e as squares londrinenses
Este artigo faz parte de uma investigação em fase inicial sobre o vazio urbano dentro do âmbito do projeto arquitetônico. Tem como objetivo explorar reflexões sobre aspectos formais de diversos espaços vazios, resultados de uma intenção projetiva e não daqueles entendidos como conseqüência inevitáve...
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Формат: | Online |
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Опубликовано: |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.
2011
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Online-ссылка: | https://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/43727 |
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Итог: | Este artigo faz parte de uma investigação em fase inicial sobre o vazio urbano dentro do âmbito do projeto arquitetônico. Tem como objetivo explorar reflexões sobre aspectos formais de diversos espaços vazios, resultados de uma intenção projetiva e não daqueles entendidos como conseqüência inevitável ou automática do cheio. Considera-se o vazio um elemento chave dentro da concepção formal da arquitetura, não somente pelo potencial descritivo que pode ter a massa por meio de seu negativo, mas também porque se acredita que, em diversas situações, esses lugares urbanos aparecem com tal força projetiva, que acabam por evidenciar o espaço construído de forma significativamente coerente - pela repetição, densidade, percepção de escalas e proporções. São relações talvez indissociáveis; entretanto, normalmente pouco evidenciadas. Em três exemplos distintos, pertencentes às três cidades mais densas da Europa: Paris, Barcelona e Londres, essas relações se tornam perceptíveis e plausíveis de serem comparadas. Porque, ainda que formem parte de contextos diferentes, há de relevante e comum entre eles, o fato de, nos três casos, o vazio surgir de uma intenção projetiva e repete-se sistematicamente no tecido urbano dentro de importantes períodos do desenvolvimento intelectual e prático do projeto urbano. O argumento central parte da idéia de, na malha urbana projetada por Ildefons Cerdà em Barcelona, cada intersecção de ruas, formada por quatro esquinas chanfradas em quarenta e cinco graus, compor-se um espaço vazio - obtido pelo ato de "cortar" a típica esquina em noventa graus. Com um exemplo genérico de encontro de ruas do projeto de expansão barcelonês, verifica-se a maneira de esses vazios configurarem a malha urbana, bem como as relações que estabelecem com outros dois casos: os bulevares parisienses e as squares londrinenses. Primeiramente, os exemplos são contextualizados e, posteriormente, comparados, com o propósito de explorar algumas conclusões. |
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